Governos e agências multilaterais prometeram nesta sexta, dia 24, cerca de US$ 37,5 bilhões em empréstimos e doações para reconstruir o Iraque. O anúncio, que encerrou uma conferência de doadores, superou em muito as tímidas expectativas iniciais.

As promessas começaram a aparecer no último dia da conferência internacional, numa confusa mistura de ajuda humanitária, ajuda à reconstrução, créditos de exportação e projetos financeiros, cobrindo diferentes períodos.

A ajuda prometida agora ficou um pouco abaixo dos US$ 56 bilhões que, segundo estimativas do Banco Mundial e da ONU, serão necessários nos próximos quatro anos para reconstruir o Iraque.

Os cálculos mostram que o total de empréstimos e doações prometidos chega a US$ 17,5 bilhões em um período máximo de cinco anos. A isso se somam os US$ 20 bilhões prometidos pelos EUA. Novas ofertas ainda podem surgir.

– O povo iraquiano vai se lembrar durante muito tempo da assistência que estamos fornecendo neste momento crítico de desafio e esperança – afirmou o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.

– Uma forte demonstração de apoio desta conferência vai acelerar a reconstrução e apressar o dia em que os iraquianos poderão assumir total responsabilidade por sua nação – declarou.

O presidente do Conselho de Governo do Iraque, Iyad Allawi, disse que o esforço de reconstrução vai estabelecer as bases para a democracia na região e encerrar a fase de violência que toma conta do país desde que o regime de Saddam Hussein foi derrubado, em abril.

Na conferência, acabou pesando mais a pressão norte-americana do que o ceticismo dos que foram contra a guerra. O Banco Mundial prometeu recursos de US$ 3 a 5 bilhões de dólares até 2008, enquanto o FMI anunciou verba de US$ 2,5 a 4,25 bilhões durante três anos.

A maior oferta depois da norte-americana veio do Japão, que prometeu US$ 3,5 bilhões em empréstimos de médio prazo, o que eleva o total comprometido por Tóquio a US$ 5 bilhões. Depois vieram os créditos oferecidos pela Arábia Saudita (US$ 1 bilhão), União Européia (US$ 826 milhões), Irã (US$  300 milhões).

As informações são da agência Reuters.