No Reino Unido, já foram identificados 80 focos de febre aftosa. A associação Aliança Contra a Depressão inaugurou nesta terça-feira um serviço de assistência psicológica por telefone para os criadores de gado britânicos afetados pela crise da aftosa. Uma linha telefônica de emergência estará funcionando 24 horas por dia para evitar que aumentem os suicídios dos criadores. A febre aftosa custa aos pecuaristas britânicos prejuízos no montante de 80 milhões de euros (US$ 72 milhões) semanais, segundo especialistas. Os prejuízos são ocasionados pela suspensão das exportações, pela matança de milhares de animais e pela desvalorização das reservas de animas vivos. A União Européia prolongou até o dia 27 de março o embargo à importação de animais vivos, carne e derivados do Reino Unido. Também está proibida a realização de feiras de gado em território europeu. Há suspeitas (não confirmadas) de casos de aftosa em diversos países da Europa. A crise já provocou o fechamento do Parque Zoológico de Paris por tempo indeterminado. Nesta quarta-feira começa em Santiago, no Chile, uma reunião de três dias entre especialistas em sanidade agropecuária de nove países sul-americanos. O objetivo é discutir medidas conjuntas de proteção contra a febre aftosa e do mal da vaca louca, além de avaliar as políticas sanitárias de cada país. Participam Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Uruguai, Paraguai e Peru. Até a próxima semana, o Paraguai pretende vacinar 90% de seu rebanho suscetível à febre aftosa. Já foram vacinadas 4,25 milhões de cabeças, com 4,5 milhões de doses importadas do Brasil e da Argentina. No próximo dia 14, será realizada em Assunção uma reunião do novo comitê técnico do Mercosul sobre Sanidade Animal e Vegetal. A Argentina iniciou nesta semana um programa preventivo de vacinação contra a febre aftosa. Devem ser investidos US$ 26 milhões na vacinação de 13 milhões de animais.