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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, está planejando um pacote de medidas conciliatórias para os palestinos a fim de controlar a dissidência interna israelense e de fortalecer a nova liderança palestina, disseram fontes políticas nesta sexta, dia 21. Enfrentando crescente pressão dentro e fora do seu país para retomar o processo de paz, Sharon pretende que sua iniciativa coincida com uma reunião de cúpula, a ser realizada nos próximos dias, com o novo primeiro-ministro palestino, Ahmed Korie, segundo as fontes.
Nesta semana, o presidente norte-americano, George W. Bush, usou de uma rara dureza para criticar a barreira que Israel está construindo na Cisjordânia para sua proteção. Há sinais de que, por causa disso, Washington vai cortar US$ 9 bilhões em garantias de empréstimos a Israel. No campo doméstico, o chefe do Exército do país recentemente criticou a forma como Sharon conduz o conflito. Políticos da oposição e líderes palestinos conseguiram, por sua vez, atrair o interesse da população para um plano de paz alternativo.
– Sharon não gosta do vácuo diplomático que se criou, então ele quer mudar a situação – disse uma fonte política.
O premiê fez menção ao plano na quinta, em uma conferência a empresários em Tel Aviv.
– Não descartamos medidas unilaterais (para os palestinos) – afirmou, sem especificar.
O jornal Haaretz disse que Sharon planejava apresentar sua iniciativa já na quinta, mas desistiu por causa dos atentados em Istambul, o que desviou a atenção internacional. O diário afirmou que Sharon e seus assessores concluíram que Israel "poderia tomar numerosas ações nos territórios que iriam tornar a situação mais parecida com o que era antes (da rebelião palestina, iniciada em 2000), e portanto elevariam as esperanças do público sem provocar maior risco político".
Sharon e Korie devem se reunir já na próxima semana, pela primeira vez desde a posse do novo gabinete palestino, em 12 de novembro. O palestino espera que Israel se comprometa com um cessar-fogo. Israel descarta qualquer trégua formal com os militantes islâmicos, mas já disse que vai suspender as ações para capturar ou matar seus líderes se os atentados pararem.
As informações são da agência Reuters.
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