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Dezenas de palestinos e de manifestantes israelenses entraram em confronto com a polícia em Jerusalém Oriental nesta quarta, dia 3, depois que escavadeiras abriram espaço para a construção de um novo assentamento judaico, contrariando o plano de paz para o Oriente Médio apoiado pelos Estados Unidos.
A obra, que começou nesta semana, deve irritar Washington, maior aliado de Israel. O projeto prevê a construção de 400 casas ao lado da aldeia árabe de Jabel Mukhaber. A prefeitura de Jerusalém diz que até agora só autorizou a construção de vias públicas. Nos confrontos de quarta, os policiais afastaram manifestantes que tentavam impedir com seus corpos o avanço das escavadeiras. Um palestino ficou levemente ferido, segundo a polícia.
A prefeitura de Jerusalém disse que o projeto é um empreendimento particular, em terreno privado que fica entre o bairro judaico de Armon Hanatsiv e Jabel Mukhaber. Um representante do grupo israelense Peace Now, que se opõe aos assentamentos, disse, no entanto, que a construção de "um bairro judaico no coração de um bairro árabe" vai complicar ainda mais o processo de paz.
A embaixada norte-americana disse que "a atividade de colonização (em Jerusalém Oriental) está em contradição com o plano de paz". O plano norte-americano prevê o fim da expansão dos assentamentos, medidas mútuas contra a violência e a independência dos palestinos até 2005. Os Estados Unidos consideram as obras israelenses na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental (que os palestinos reivindicam como capital de seu eventual Estado) como obstáculos à resolução do conflito.
As informações são da agência Reuters.
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