| 15/12/2003 17h
Cerca de 200 palestinos leais a Saddam Hussein queimaram bandeiras dos Estados Unidos e de Israel na segunda, dia 15, para protestar contra a captura do ex-líder iraquiano, ocorrida no sábado, dia 13. O presidente palestino, Yasser Arafat, manteve o silêncio sobre o assunto.
Militantes da Frente de Libertação Árabe, pró-Saddam, e das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, ligadas à facção Fatah de Arafat, marcharam no campo de refugiados Khan Younis, em Gaza, disparando tiros para o ar e incendiando as bandeiras.
– Os americanos podem ter capturado você, mas você capturou nossos corações – afirmou um dos organizadores através de um alto-falante.
– Sacrificaremos nosso sangue e almas por Saddam – gritavam os manifestantes, usando uma frase intensamente repetida no Iraque durante as três décadas de governo Saddam.
O ex-presidente pagava mais de US$ 30 milhões em dinheiro para famílias de palestinos cujos filhos morriam na luta contra Israel. Assim como muitos palestinos, Adli Sadek, colunista do diário oficial da Autoridade Palestina, o al-Hayat al-Jadia, escreveu que Saddam deveria ter morrido resistindo à captura, em vez de se submeter sem disparar um único tiro.
– Gostaríamos que ele tivesse resistido, como fizeram seus filhos – disse.
Uday e Qusay Hussein morreram em um tiroteio contra as forças dos EUA em julho.
As informações são da agência Reuters.
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