O presidente palestino, Yasser Arafat, expressou esperança nesta terça, dia 16, de poder visitar Belém pela primeira vez em três anos. Israel disse, no entanto, que é improvável que o líder seja autorizado a fazer a viagem.

– Vocês sabem que eu nunca perdi essa oportunidade até a imposição (por Israel) do cerco a este complexo – respondeu Arafat quando perguntado se gostaria de viajar para a cidade do nascimento de Jesus para as festas.

Uma importante autoridade israelense disse que o governo não vê razão em mudar sua política segundo a qual Arafat pode deixar seu QG, mas não tem garantido o retorno. A determinação, na prática, mantém o presidente palestino confinado em seu quartel há cerca de dois anos.

– Ele vai ficar onde está – disse a autoridade israelense, acrescentando que "não há razão" para mudar a política de Israel com relação a Arafat.

Israel acusa Arafat de fomentar a violência em três anos de Intifada (revolta palestina). Arafat nega a acusação. De 1995 (quando Belém voltou a ser governada pelos palestinos) até 2001, Arafat – que é muçulmano – assistia à missa de Natal na Igreja da Natividade todos os anos.

As informações são da agência Reuters.