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Mesmo sob pressão da comunidade internacional para suspender a construção de uma barreira física dentro da Cisjordânia, o governo de Israel planeja realizar poucas alterações no plano original do muro. A intenção foi divulgada nesta terça, dia 30, por membros da área de segurança do país.
As autoridades israelenses dizem que os trechos já concluídos da barreira, feita de concreto e arame farpado, vêm impedindo a ação de terroristas suicidas. Os palestinos afirmam que a obra anexa terras ocupadas desde a guerra de 1967 e os impedirá de fundar um Estado viável e independente.
As alterações anunciadas por Israel prevêem a ampliação da abertura que liga a cidade palestina de Qalqilya, cercada pela barreira, ao resto da Cisjordânia. Elas também farão com que o vilarejo de Baka Al Sharkiya passe para o lado da Cisjordânia.
– Essas mudanças não facilitarão a vida dos palestinos e esse muro destruirá o processo de paz – afirmou o principal negociador palestino, Saeb Erekat.
Israel foi criticado até mesmo pelos EUA, seus maiores aliados, devido à construção de uma barreira física que invade parte da Cisjordânia para incluir assentamentos judaicos. O governo norte-americano, em resposta à decisão do governo israelense, limitou a concessão de garantias para empréstimos concedidas ao país.
Alguns israelenses também parecem estar desconfortáveis com a rota da barreira, que, segundo crêem, não aumentará a segurança e apenas alimentará o sentimento de revolta entre os palestinos. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, porém, prometeu continuar com a obra independentemente dos avanços obtidos no processo de paz e que prevê a criação de um Estado palestino até 2005.
As informações são da agência Reuters.
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