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Ao menos duas pessoas foram mortas e dez ficaram feridas em disparos realizados em Kirkuk, norte do Iraque, nesta quarta, dia 31, durante protestos contra uma investida curda para assumir o controle da cidade, disseram autoridades. O enfrentamento foi o mais recente de vários ocorridos entre curdos e outras etnias que disputam o poder em Kirkuk, local das maiores reservas de petróleo do Iraque.
O ex-ditador Saddam Hussein expulsou os curdos e a população de origem turca da cidade, substituindo-os por árabes, em uma tentativa de mudar o perfil étnico da região. Jalal Jawhar, chefe em Kirkuk da União Patriótica do Curdistão (PUK), um dos principais grupos curdos do Iraque, disse que um grupo de manifestantes árabes e de turcos abriu fogo contra o escritório da PUK, ferindo três membros da polícia de Kirkuk, controlada pelos curdos.
Segundo médicos, 12 pessoas foram levadas para um hospital com ferimentos produzidos por balas e por outros objetos depois de um grupo ter tentado invadir o escritório da PUK. O chefe da polícia da cidade afirmou que ao menos duas pessoas morreram. Testemunhas contaram que tanques e veículos blindados dos EUA dirigiram-se para o escritório da PUK e para o prédio da prefeitura depois dos disparos, afastando os manifestantes.
Depois da derrocada de Saddam, os curdos iraquianos ampliaram seu poder para além da região norte do país em que estavam confinados, desempenhando papel de destaque em vários governos locais em colaboração com os militares norte-americanos.
Cerca de 20 mil árabes e iraquianos de origem turca foram às ruas de Kirkuk na quarta-feira para protestar contra o controle curdo, gritando palavras de ordem como: "Kirkuk é iraquiana.''
As informações são da agência Reuters.
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