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A Coréia do Norte descartou nesta sexta, dia 9, a possibilidade de que possa, como a Líbia, fazer promessas de se livrar das armas de destruição em massa. O país asiático, que sofre forte pressão dos Estados Unidos e de seus aliados para cancelar seu programa de armas nucleares, disse que os fatos recentes verificados em "alguns países do Oriente Médio" justificam sua total desmilitarização – situação não aplicável à Coréia do Norte.
– Esperar qualquer mudança na postura da DPRK (sigla para o nome oficial da Coréia do Norte) é tão imbecil quanto esperar chuva em um céu limpo. A DPRK nunca se deixou influenciar por outros países e isso não acontecerá no futuro – afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado divulgado em inglês pela agência de notícias oficial KCNA.
A recente promessa da Líbia de abandonar suas armas de destruição em massa foi interpretada por alguns analistas como um sinal de que outros países excluídos da ordem mundial, como a Coréia do Norte, poderiam aderir às normas internacionais para colocar fim a seu isolamento.
– Isso não passa de uma bobagem dita por imbecis totalmente ignorantes sobre a política independente da DPRK – afirmou um porta-voz do governo norte-coreano.
O país asiático, importante fornecedor de mísseis para a Líbia e outros países do Oriente Médio, foi acusado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, de pertencer a um "eixo do mal", do qual também participariam o Irã e o Iraque pré-guerra.
Analistas familiarizados com a Coréia do Norte rejeitam os paralelos traçados com a Líbia porque o governo norte-coreano se mostrou muito menos aberto ao mundo do que o governo líbio e porque o isolamento, segundo acreditam, é um fator importante na manutenção dos comunistas norte-coreanos no poder.
Com informações da agência Reuters.
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