| 04/04/2001 14h55min
A escolaridade média dos jovens de 15 a 24 anos aumentou 1,2 anos na década de 90. Segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de trabalhadores nesta faixa etária também caiu de 59,2%, em 1992, para 51,7%, em 1999. Essa redução pode ser explicada tanto pela opção dos jovens por estudar ou pelas dificuldades do mercado em absorvê-los. O número de adolescentes que trabalham e estudam cresceu 9,6% no mesmo período. A velocidade da escolarização é maior entre os jovens de 20 a 24 anos. O crescimento chega a 51%, de 16,9%, em 1992, para 25,5%, em 1999. No mesmo período, a taxa de analfabetismo caiu de 17,2% para 13,3%, e a de analfabetismo funcional (pessoas com menos de 4 anos de estudo) reduziu de 36,9% para 29,4% no país. Em alguns Estados, no entanto, persistem as altas proporções, como o Piauí com 53%. Apesar de os números mostrarem que a desigualdade diminuiu velozmente na escolarização das crianças entre sete e 14 anos (de 74,5% para 92,5% a taxa de escolarização entre os 25% mais pobres da população brasileira), o índice mantém-se elevado no pré-escolar. As famílias com renda per capita superior a três salários tem mais de 90% de suas crianças, entre quatro e seis anos, escolarizadas, contra menos da metade nas famílias com renda mensal per capita inferior a meio salário mínimo. O ingresso na escola pode ser observado ainda entre as crianças de zero a três anos de idade. No período de 1995 a 1999, a freqüência no estabelecimento de ensino ou de cuidados maternais passou de 7,6% para 9,2%. Esse número, no entanto chega 32% entre as crianças que vivem em famílias com rendimento superior a 3 salários mínimos, enquanto entre as crianças pobres só subiu de 4,9%, em 1995, para 5,9%, em 1999.
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