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EUA reconhecem falhas em informações sobre Iraque

Assessora Condoleezza Rice disse que diferenças não são surpresa

A assessora de Segurança Nacional do governo dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, reconheceu que as informações norte-americanas sobre o Iraque antes da guerra podiam estar erradas, mas rejeitou a idéia de uma investigação independente sobre o caso.

– Acho que, o que temos, são indícios de que há diferenças entre o que pensávamos estar acontecendo e o que descobrimos no local. Isso não é nenhuma surpresa em um país que era tão fechado e secreto como o Iraque, um país que fez de tudo para enganar a Organização das Nações Unidas (ONU), para enganar o mundo – disse Rice à rede CBS nesta quinta, dia 29.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, justificou sua decisão de invadir o país árabe pelo perigo – que classificou de "grave e cada vez maior" – que as armas do Iraque representavam. Bush agiu sem o apoio da ONU, interrompendo os esforços dos inspetores da organização de avaliar os relatórios sobre as armas presentes no território iraquiano.

Em uma série de entrevistas concedidas a canais de TV, Rice defendeu a decisão de Bush e afirmou que os EUA podem não descobrir nunca a verdade sobre o arsenal do Iraque por causa dos saques ocorridos pouco depois da invasão do país. Durante meses, autoridades do governo norte-americano garantiram que armas de destruição em massa seriam encontradas no território iraquiano.

No entanto, depois que o responsável pela equipe que busca as armas no Iraque disse não acreditar na existência delas, a Casa Branca afirmou que ia rever seus dados sobre o Iraque. Na terça, Bush não foi tão incisivo como antes em sua declaração sobre o arsenal iraquiano.

A questão das armas de destruição em massa é um assunto que promete virar tema da campanha para as eleições presidenciais norte-americanas, em novembro. Os democratas acusam Bush de ter enganado os EUA a respeito da ameaça representada pelo Iraque.

O maior aliado do governo norte-americano no cenário internacional, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, está sofrendo pressão semelhante. Na quarta, o premiê conseguiu uma vitória, ao menos parcial, quando um inquérito judicial rejeitou a acusação da rede BBC de que o governo britânico havia exagerado intencionalmente a ameaça iraquiana.

A Casa Branca reconheceu no ano passado ter sido um erro acusar o Iraque de tentar comprar urânio de um país africano. A acusação, incluída no discurso em discurso de Bush no Congresso, foi baseada, em parte, em documentos que, mais tarde, descobriu-se que eram forjados.

As informações são da agência Reuters.

 
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