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Mais de 2 milhões de muçulmanos começaram nesta sexta, dia 30, na Arábia Saudita, a realizar a peregrinação anual do haj em meio a temores de que atentados sejam realizados no país para minar o domínio da família real.
O haj deste ano acontece sob temores de que a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, ataque novamente. A organização é acusada de ter realizado uma série de atentados no território saudita depois da invasão do Iraque pelos EUA, em março. O xeque Saleh Al Taleb pediu aos muçulmanos reunidos para as orações que evitassem a violência.
– O haj não deve se transformar em algo contrário a suas intenções originais. Um muçulmano não deve ferir outro muçulmano – afirmou o xeque na Grande Mesquita, de Meca, foco da peregrinação.
Segundo diplomatas, o governo saudita preocupa-se com a possibilidade de ativistas agirem durante o festival para minar a família real, cuja autoridade deve-se ao fato de serem os guardiões dos locais mais sagrados do islamismo. Nesta quinta, dia 30, as forças de segurança capturaram um ativista procurado e vários outros suspeitos durante um tiroteio em Riad (capital). Na ação, foram mortos cinco policiais.
A segurança do haj é a principal prioridade dos 5 mil policiais e militares estacionados dentro e nas proximidades de Meca. Para a Arábia Saudita, os cinco dias do festival, uma das manifestações de fé e de unidade mais surpreendentes do mundo hoje, devem ser um assunto exclusivamente religioso. Mas muitos peregrinos não tiram a política da cabeça.
– Esperamos que Deus dê sucesso ao povo muçulmano em todo o mundo e especialmente na nossa região. E esperamos que Deus nos tire da crise atual – disse o peregrino Qadir Khidr.
Com informações da Agência Reuters.
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