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O cientista nuclear paquistanês Abdul Qadeer Khan assumiu nesta quarta, dia 4, responsabilidade total por um escândalo de proliferação de armas e vazamento de informações nucleares, e pediu clemência ao presidente Pervez Musharraf. A notícia foi divugada pela TV estatal do Paquistão.
Khan foi apontado pelo governo como a pessoa que vazou segredos de armas nucleares para o Irã, a Líbia e a Coréia do Norte. Musharraf considera processar o cientista, visto no país como um herói por ter desenvolvido a bomba atômica do Paquistão. Conforme Musharraf, Khan teria vendido informações para outros países sem o conhecimento do governo paquistanês.
Abdul Qadeer Khan, conhecido como o pai da bomba atômica do mundo islâmico, foi demitido na semana passada do cargo de assessor do governo. Fontes de inteligência dizem que há evidências suficientes para acusar Khan e levar a julgamento o homem elogiado por ter colocado o programa nuclear do país no mesmo nível do da Índia.
Chocados com as acusações de que o arquiteto de sua bomba atômica está envolvido em fornecimento ilegal de tecnologia nuclear para o exterior, muitos paquistaneses dizem que o cientista, considerado um herói nacional, não merece ser condenado.
A oposição islâmica convocou uma greve nacional em protesto contra a demissão de Khan e nas ruas os ânimos estão exaltados.
– Em nenhum lugar do mundo os heróis nacionais são tratados assim – disse o motorista de táxi Saboor Khan, em Islamabad.
Paquistaneses temem que o governo esteja sendo pressionado pelo Ocidente para acabar com seu programa de armas nucleares. Isso, segundo eles, deixaria o país de 150 milhões de habitantes exposto à uma eventual agressão da Índia no futuro. O governo disse que não acabará com o programa.
Com informações da agência Reuters.
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