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O príncipe Charles fez uma visita surpresa para aumentar o moral das tropas britânicas no Iraque neste domingo, dia 8, e ouviu das autoridades locais suas inquietações com relação ao futuro do país. Charles chegou em um helicóptero Chinook que pousou em uma base britânica improvisada em um dos palácios de Saddam Hussein.
O príncipe cumprimentou soldados e autoridades da administração civil liderada pelos Estados Unidos em meio a uma pesada segurança. Durante a viagem de quase seis horas, ele escutou autoridades iraquianas discutirem uma extensa lista de problemas políticos e econômicos que atingem o país no pós-guerra.
– É muito bom vê-lo aqui porque ele é o futuro rei e para mim ele parece uma boa pessoa – disse a iraquiana Ban al-Durani, que estava na base, na cidade portuária de Basra, no sul do país.
Foi uma visita rara de uma realeza britânica ao país, que ganhou a independência da Grã-Bretanha em 1932. O premiê Tony Blair visitou Basra no mês passado. As notícias sobre a visita do príncipe foram embargadas até que ele deixasse o país.
– É bom ter o apoio dele e aumentar o moral das tropas – disse o capitão Sandy Stuart, de 31 anos, de Dumfries, na Escócia.
Charles, vestido em um terno cinza, reuniu-se com clérigos xiitas, sacerdotes cristãos, o governador de Basra e um proeminente líder tribal no palácio.
– Eu basicamente falei com ele sobre as reclamações do povo sobre salários e como eles estão se manifestando. Nós dissemos a ele que o Iraque precisa fazer eleições, porque de outra maneira não haverá estabilidade. Eu disse a ele que não temos um governo e que precisamos ter eleições – disse o líder tribal Morahim al-Kannan.
A comunidade muçulmana xiita, que é maioria no Iraque, está exigindo eleições antes de uma entrega do poder aos iraquianos, planejada para acontecer em 30 de junho. Os EUA dizem que não pode haver eleições antes dessa data. Charles, um defensor do diálogo entre religiões, falou com três muçulmanas iraquianas, que usavam o véu tradicional, em uma sala do palácio.
– Eu disse ao príncipe que nós queríamos ter certeza que as mulheres terão direitos no Iraque e eu pedi por seu apoio – disse uma das mulheres, chamada Gheida Adbul-Razzaq.
As informações são da agência Reuters.
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