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Brasil e mais cinco países pedem transparência na Venezuela

Conselho decidiu submeter a uma nova revisão assinaturas para referendo

O Grupo de Amigos da Venezuela, liderado pelo Brasil, pediu nesta quinta, dia 27, transparência no processo que pode levar à convocação de um referendo contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em nota divulgada em Brasília no começo da noite desta quinta, Brasil, Espanha, México, Portugal, Estados Unidos e Chile disseram esperar que a verificação de assinaturas para "uma eventual convocação de referendos revogatórios" seja feita de forma transparente, de modo que "prevaleça a expressão da vontade dos eleitores".

Horas antes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou em Caracas, onde encontrará Chávez durante uma cúpula de países em desenvolvimento em Caracas. A cúpula do G-15 ocorre em um momento no qual adversários do presidente venezuelano advertiram para o risco de violência caso as autoridades eleitorais não convoquem o referendo que pode destituí-lo.

Nesta semana, o Conselho Nacional Eleitoral decidiu submeter a uma nova revisão grande parte das assinaturas reunidas pela oposição para pedir o referendo. Os anti-chavistas dizem ter reunido 3,4 milhões de assinaturas, 1 milhão a mais do que o exigido pela Constituição. As autoridades colocaram em dúvida cerca de 1,9 milhão delas.

Na nota divulgada em Brasília, o Grupo de Amigos expressa seu reconhecimento ao "importante papel que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Carter Center desempenharam como observadores no processo" e manifesta sua confiança em que "a conciliação nacional continuará se desenvolvendo pacificamente e com pleno respeito à institucionalidade democrática e aos direitos dos cidadãos".

O Brasil teve um importante papel durante as longas e tortuosas negociações mantidas pelo secretário-geral da OEA, César Gaviria, que levaram a um acordo em maio passado entre governo e oposição para que o referendo seja possível. O governo Lula defendeu no ano passado a criação do Grupo de Amigos para dar respaldo aos esforços da OEA e para pôr fim ao duro enfrentamento entre Chávez e seus opositores. Com informações da agência Reuters.

 
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