| 11/03/2004 12h44min
O número das vítimas dos atentados em Madri, atribuídos ao grupo separatista basco ETA, já chega a pelo menos 186 mortos e mais de mil feridos, conforme balanço oficial. As explosões ocorreram por volta das 7h30min (4h30min em Brasília) quase simultaneamente nos arredores da estação de Atoche e nas plataformas de embarque e desembarque dos terminais de El Pozo e Santa Eugênia, situados no sudeste e no sul da capital espanhola. Milhares de trabalhadores utilizam os trens diariamente para se deslocar do interior para a capital. Este foi o ataque mais sangrento cometido contra a população espanhola.
Conforme o jornal on-line El pais, foram registradas 10 explosões, quase simultâneas e sem aviso prévio, nos vagões que levavam até Madri passageiros das localidades de Guadalajara e Alcalá de Henares. Três explosões ocorreram na estação de Atocha; quatro na rua Téllez, junto a essa mesma estação; uma em Santa Eugênia e duas em Pozo. Outros três artefatos foram acionados por equipes especializadas.
O ministro do Interior, Ángel Acebes, declarou que os autores dos atentados são membros do grupo terrorista ETA e rechaçou aqueles que estão atribuíndo as mortes às outras organizações. Cada artefato tinha entre 13 e 15 quilos de titadine, explosivo que, segundo Acebes, utiliza o ETA. As características da ação se assemelham às explosões perpetradas pelo Al-Qaeda, organização de Osama bin Laden.
O presidente José María Aznar assegurou que a Espanha não mudará de regime, mesmo com as pressões dos terroristas. O Rei Don Juan Carlos se pronunciará no final da tarde, horário local, e sua mensagem será transmitida pela televisião. A rainha Sofia visitou diferentes hospitais onde estão internados os feridos. O governo decretou três dias de luto nacional.
Após as explosões que atingiram Madri, a polícia francesa intensificou a fiscalização de veículos em suas fronteiras com a Espanha. De acordo com a polícia francesa, estão sendo vistoriados todos os veículos que entram no país e em especial os de cargas pesadas. Os dois países têm trabalhado juntos em uma operação contra o grupo separatista basco ETA, que luta por um Estado independente que englobaria o norte da Espanha e o sudoeste da França.
No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e o secretário nacional dos Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda, lamentaram nesta quinta, dia 11, no Congresso os atentados. De acordo com João Paulo, o governo e o povo brasileiro “estão de luto” solidários com as vítimas. Nilmário Miranda disse, por sua vez, que o atentado foi uma ação “pavorosa” e que o Brasil condena radicalmente o terrorismo.
Veja imagens dos ataques em MadriGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.