Três marroquinos e dois indianos foram presos em Madri como parte das investigações sobre os ataques a bomba em trens que mataram 200 pessoas, informou o ministro do Interior da Espanha, Angel Acebes, neste sábado, dia 13.

– Sessenta horas após o brutal ataque, nós agora temos cinco detenções – disse o ministro em uma entrevista coletiva.

Todas as prisões foram feitas "por presumida implicação na venda e falsificação de telefone celular e cartões encontrados na bolsa que não explodiu", completou Acebes. Ele se referia a um telefone encontrado em uma mochila com explosivos não detonados em um dos trens atingidos nos ataques de quinta-feira.

Além disso, dois espanhóis de origem indiana estavam prestando depoimento à polícia, acrescentou.

– Essa é uma investigação aberta, que está apenas começando. No momento, há uma busca ocorrendo em vários prédios e casas.

Acebes completou:

– Eesse é o começo da investigação, mas abre um importante caminho para avançar. Eu dou essa informação a vocês com muito cuidado e prudência.

O ministro disse que alguns dos detidos podem ter ligação com militantes marroquinos, mas que isso era muito cedo para ter certeza.

O anúncio da prisão aconteceu horas depois de, citando fontes, a rádio Cadena Ser ter informado neste sábado que o serviço de inteligência da Espanha tinha "99% de certeza" de que muçulmanos radicais, e não o grupo separatista ETA, foram os responsáveis pelos ataques. A informação ia de encontro à declaração feita pelo próprio Acebes neste sábado de que o ETA continuava sendo o principal suspeito.

–  ETA segue sendo a principal pista das investigações – havia dito Acebes, classificando como "complexas" as investigações para esclarecer as autoria dos ataques terroristas.

O ministro disse que não há qualquer dado adicional sobre a Al-Qaeda.  com informações da agência Reuters e Globo online.