| 24/03/2004 17h14min
A principal agência de defesa de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta quarta, dia 24, o assassinato de Ahmed Yassin, líder do grupo ativista Hamas, considerando-o como um "evento trágico". A Comissão de Direitos Humanos aprovou por 31 votos contra dois uma resolução apresentada pelo Paquistão, em nome dos países muçulmanos e do Zimbábue. Houve 18 abstenções.
A resolução condenou veementemente os "extermínios" e os "assassinatos extrajudiciais, em particular o trágico assassinato do xeique Ahmed Yassin". O líder espiritual do grupo palestino responsável por matar centenas de israelenses em atentados suicidas foi assassinado nesta segunda, na Faixa de Gaza, por meio de mísseis lançados por Israel. Outras sete pessoas foram mortas na ação.
O Hamas promete destruir o Estado judaico e Israel acusa Yassin de ter ordenado pessoalmente a realização de atentados. Vários delegados da comissão, formada por 53 países, chamaram o assassinato de "terrorismo de Estado". Israel diz agir em legítima defesa quando mata líderes de grupos ativistas.
Os países-membro da União Européia (UE), que consideraram a morte de Yassin uma violação das leis internacionais, abstiveram-se da votação, afirmando que a resolução Estados Unidos, tradicionais aliados de Israel na comissão, votaram contra a proposta de resolução. A superpotência, porém, havia dito ter ficado "profundamente incomodada" com o assassinato.
O país, em uma declaração, afirmou que a votação de quarta era o "tipo de politização que tirava legitimidade desse órgão".
As informações são da agência Reuters.
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