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Israel rebateu nesta quinta, dia 25, as críticas da comunidade internacional sobre o assassinato do líder do Hamas, Ahmed Yassin, enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se prepara para votar uma resolução condenando a morte. Embaixadores palestinos e árabes, apoiados pela Rússia, desejam que o Conselho de Segurança censure Israel pelo assassinato de Yassin, co-fundador do Hamas. A votação deve ocorrer na noite desta quinta.
Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, deixaram claro que vetarão a resolução porque o texto não menciona o envolvimento do Hamas com os atentados suicidas nos quais morreram centenas de israelenses. O governo norte-americano foi o único entre as grandes potências a não condenar o assassinato de Yassin, mas se mostraram preocupados com a possibilidade de a morte do líder palestino fomentar mais violência no Oriente Médio.
Até Tayyip Erdogan, primeiro-ministro da Turquia, país que mantém uma estreita relação com Israel, se uniu às críticas da comunidade internacional, afirmando em uma entrevista publicada na quinta que o Estado judaico havia realizado um ato de "terrorismo".
Mas Israel, que acusa a ONU de ter uma tendência antiisraelense, rejeitou as críticas, afirmando que os outros países não estavam qualificados para julgar as ameaças que o seu Estado enfrenta.
– Claro que gostaríamos de ter mais apoio da comunidade internacional. Mas nenhum outro país está em uma situação difícil como a nossa. Não seremos impedidos de nos defender contra o terrorismo – disse o porta-voz do governo israelense, Avi Pazner.
Khaled Meshaal, chefe político do Hamas que vive exilado na Síria, avisou que nenhum israelense, entre os quais Sharon, estará protegido da ira do braço armado do grupo. Israel prometeu assassinar outros líderes palestinos que considera mentores de atentados suicidas ocorridos no país.
Apesar disso, os israelenses estavam assustados e suas forças de segurança continuavam em alerta. O governo israelense disse ter levado a sério as ameaças feitas por grupos palestinos de matar o primeiro-ministro Ariel Sharon e outras autoridades do país como vingança pela morte de Yassin, assassinado na última segunda quando saía de uma mesquita.
Fontes políticas disseram que a segurança dos líderes israelenses foi reforçada a níveis não vistos desde o assassinato do ministro de Turismo de Israel, Rehavam Zeevi, em um hotel de Jerusalém em 2001. Na quarta, soldados israelenses prenderam um palestino de 16 anos depois de, sob a mira de armas, convencê-lo a tirar o colete com bombas que usava.
Na Faixa de Gaza, tanques e soldados invadiram o campo de refugiados de Khan Younis e derrubaram 10 casas, deixando 60 pessoas desabrigadas, contaram moradores da área. O Exército disse que a medida era uma resposta a ataques com foguetes.
As informações são da agência Reuters.
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