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Os líderes iraquianos precisam chegar a um acordo até o fim de maio sobre as diretrizes básicas das eleições no país se quiserem realizar o pleito em janeiro de 2005 como está planejado. A declaração é da especialista da Organização das Nações Unidas (ONU), Carina Perelli.
Perelli, que é chefe da Divisão de Assistência Eleitoral da ONU, está no Iraque para fornecer consultoria técnica sobre as eleições para a Assembléia Nacional no início do ano que vem, como estipulado pela Constituição interina do Iraque. Qualquer atraso pode levantar protestos da maioria xiita do país, que deseja a realização de eleições o mais rápido possível.
Depois de se reunir com o Conselho de Governo do Iraque na segunda, dia 29, Perelli disse que o prazo era muito apertado, mas possível se as diretrizes básicas estiverem definidas daqui a dois meses. Segundo ela, o assunto mais urgente é o estabelecimento de autoridade eleitoral independente que seja aprovada por todos os iraquianos.
– Estamos cientes - nós, o Conselho de Governo e a Autoridade Provisória da Coalizão - de que o prazo é muito apertado – declarou.
A equipe de Perelli, que está no Iraque pela segunda vez este ano, foi convidada pelo Conselho de Governo e os representantes da autoridade liderada pelos Estados Unidos.
De acordo com a Constituição provisória, os iraquianos reconquistarão sua soberania no dia 30 de junho. Até o final de janeiro de 2005, deve haver eleições para a Assembléia Nacional, que redigirá a Constituição permanente. O texto então seria submetido a plebiscito e, caso aprovado, eleições completas ocorreriam até o final de 2005.
Outra equipe da ONU, liderada pelo ex-ministro das Relações Exteriores da Argélia, Lakhdar Brahimi, deve chegar no final da semana para ajudar a delinear o governo que assumirá o poder em junho.
Segundo Perelli, as maiores preocupações antes da eleição são orientar o eleitorado e garantir a segurança.
– Este processo eleitoral, que será o primeiro depois da transição de um regime baseado no medo para um processo basicamente democrático, pertence aos iraquianos – declarou.
Com informações da agência Reuters.
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