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Um tumulto sangrento tomou conta do Iraque nesta sexta, dia 9, no primeiro aniversário da queda de Saddam Hussein. Rebeldes sunitas e xiitas combateram as forças lideradas pelos Estados Unidos e ainda mantinham três japoneses e outros estrangeiros como reféns.
A luta selvagem que convulsionou as cidades sunitas de Falluja e Ramadi alcançou a margem oeste de Bagdá, onde guerrilheiros mataram nove em um ataque contra um comboio e disseram que haviam seqüestrado estrangeiros que viajavam pela região. No local do ataque, vários veículos foram incendiados e virados. Nove corpos estavam em volta dos destroços – um deles era o de um estrangeiro, e foi jogado na estrada com a cabeça ensanguentada enquanto iraquianos batiam no cadáver.
Combatentes adolescentes com granadas lançadas por foguetes e rifles espreitavam em pontes ou em terrenos baldios perto da principal estrada que vai para oeste, em direção à cidade de Falluja. O administrador dos Estados Unidos no Iraque, Paul Bremer, disse que as forças norte-americanas haviam suspendido unilateralmente as operações em Falluja ao meio-dia (horário local) para permitir que a ajuda entrasse na cidade e para o que seriam negociações inéditas com insurgentes.
A matança desta semana, envolvendo os até agora tranqüilos xiitas do sul e os bastiões da insurgência sunita no centro do Iraque, mostrou a que distância os EUA estão de proteger o país cujo ditador foi derrubado em 9 de abril de 2003.
Os iraquianos, traumatizados por 35 anos de regime baathista, esperavam que a derrubada de Saddam lhes trouxesse liberdade e uma vida melhor. Mas hoje eles enfrentam um futuro incerto após 12 meses de violência que vem enfraquecendo a atividade de reconstrução, dificultando as exportações de petróleo que deveriam pagar por ela e assustando os investidores estrangeiros.
Na última semana, ao menos 51 soldados norte-americanos e aliados, além de centenas de iraquianos, foram mortos nos confrontos. Dois
soldados dos EUA o motorista de um
caminhão civil foram mortos nesta sexta no Iraque, seundo o Exército. Um civil britânico que trabalhava para uma empresa de segurança americana também morreu, conforme o gabinete do Exterior da Grã-Bretanha. Desde o início da guerra liderada pelos EUA, ao menos 455 soldados americanos foram mortos em ação no Iraque, segundo o Pentágono.
Com informações da agência Reuters.
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