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O governo do Japão insistiu nesta terça, dia 20, que não seguirá o exemplo da Espanha com a retirada de suas tropas do país árabe. Dois reféns japoneses libertados no Iraque voltaram para casa na terça, dia 20. Seus seqüestradores pediam a retirada das tropas nipônicas do país.
– O fato de a Espanha ter tomado essa decisão não mudará a política do nosso país – disse o ministro da Defesa.
A maneira como Tóquio lidou com dois incidentes separados de civis japoneses seqüestrados no Iraque conquistou a aprovação pública. Mas o Japão, forte aliado dos Estados Unidos, continua dividido em relação ao envio de suas tropas ao Iraque, em missão fora de combate para ajudar a reconstruir o país.
O novo primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, disse no domingo que Madri vai retirar seus 1,4 mil soldados do Iraque o mais rápido possível. Em outro golpe ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, Honduras anunciou nesta segunda que suas tropas também sairão do Iraque.
O Japão tem cerca de 550 soldados em Samawa, no sul do país. O principal porta-voz do governo do Japão, Yasuo Fukuda, ressaltou que o envio de tropas ao Iraque não está conectado à guerra liderada pelos EUA.
– As atividades humanitárias e de reconstrução não ajudam na ação de combate dos EUA – disse Fukuda ao Parlamento.
Questionado por repórteres sobre a decisão hondurenha, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, disse apenas que "cada país tem sua própria situação". O grupo armado que seqüestrou os três civis japoneses libertou os reféns na última quinta da semana passada, após uma semana de cativeiro perto de Bagdá.
Em incidente separado, dois civis japoneses foram sequestrados por um grupo militante no Iraque na semana passada. Os dois homens – Jumpei Yasuda, 30 anos, jornalista freelance, e Nobutaka Watanabe, 36 anos, ex-membro das forças militares do Japão – foram libertados no sábado e chegaram a Tóquio nesta terça. Os dois criticaram a decisão japonesa de apoiar os EUA no Iraque e o envio de tropas.
– Nosso trabalho é monitorar os fatos no campo de batalha no Iraque e da guerra que o Japão apoiou – disse Watanabe a repórteres logo depois de chegar.
Ele declarou que não tem planos de voltar ao Iraque em breve, já que a situação lá está perigosa. Uma pesquisa do jornal Yomiuri Shimbun feita no fim de semana e publicada na terça-feira mostrou que cerca de três em cada quatro japoneses vêem de maneira positiva a forma como o governo lidou com os incidentes de reféns. Também indicou que 60% dos entrevistados consideram positivo o envio de tropas ao Japão. O índice era de 53% por cento em janeiro.
As informações são da agência Reuters.
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