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Sharon luta para manter apoio do Likud à retirada de Gaza

Governo quer aprovar medidas para garantir apoio americano

Lutando para manter o apoio ao seu plano de retirada de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pediu nesta quinta, dia 22, que os parlamentares israelenses aprovem a iniciativa ou Israel perderá as garantias nunca oferecidas anteriomente pelos Estados Unidos ao Estado judeu.

Sharon disse ao Parlamento que um pacote de garantias dos EUA, que poderia ampliar as fronteiras de Israel e evitar que refugiados palestinos retornem ao país, é "uma parte inseparável" de seu plano de retirada da Faixa de Gaza e de quatro assentamentos da Cisjordânia.

– Quem for contra o plano desiste de tudo o que conseguimos e carregará a responsabilidade de cancelar todos os compromissos com os EUA. Esse é um acordo abrangente – afirmou Sharon.

Sharon saiu à luta depois que uma nova pesquisa mostrou que o apoio ao plano caiu para 44% dos membros do seu partido, o Likud, antes de um referendo no dia 2 de maio. Quarenta por cento se opõe à medida. Os resultados surpreenderam os seguidores de Sharon, que acreditavam que a vitória no referendo era algo garantido depois que o premiê ganhou apoio do presidente norte-americano, George W. Bush, e de importantes membros do Likud ao plano.

Na semana passada, Bush rompeu com uma política norte-americana de décadas ao indicar que Israel tinha direito sobre partes da Cisjordânia. A declaração enfureceu os palestinos e o mundo árabe. Apesar disso, muitos dos 200 mil membros do Likud ainda se se opõem à idéia de ceder parte da terra ocupada na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, territórios que os palestinos querem para formar seu Estado. Sharon disse ao Parlamento que o plano era a melhor solução para Israel diante da lentidão das negociações de paz com os palestinos.

– Aqueles que querem evitar uma enxurrada de refugiados em Israel, aqueles que querem manter o controle dos grandes assentamentos para sempre, aqueles que querem mandar a mensagem de que até que os palestinos não combatam o terror, não haverá pressão política sobre Israel. Quem quiser tudo isso tem que apoiar o plano de retirada – disse ele.

As informações são da agência Reuters.

 
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