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 | 19/05/2001 11h39min

Região Sul planeja medidas para evitar racionamento

Risco maior é no verão

A secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff, disse neste sábado, que é importante aumentar as garantias para evitar cortes a partir de dezembro. Por enquanto, a Região Sul está excluída do programa de racionamento divulgado nessa sexta-feira pelo goveno federal, que prevê bônus e sobretaxa de até 200% para consumidores que não economizarem energia. – Temos uma situação bem diferente do Sudeste, que não suporta sua própria carga, e tem nível de água dos reservatórios baixando, e os nossos estão altos – disse Dilma. A secretária lembrou, no entanto, que os estudos, inclusive do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que a Região Sul tem condições de, até dezembro, suportar a situação de exportar energia para o Sudeste e ainda cobrir a carga de consumo dos três Estado, desde que chova até 20% da média. – Como nosso problema até dezembro depende de uma chuva que deve ocorrer, não podemos ter uma atitude de achar que é possível não se planejar setor elétrico com certo prazo – acrescentou a secretária no programa Os Gaúchos e o Rio Grande, da Rádio Gaúcha. – Estamos olhando num horizonte, antecipando obras, porque achamos que o momento delicado no Sul, é o verão. Na próxima terça-feira, os detalhes de um planejamento integrado entre governo e empresas privadas dos três Estados da Região Sul para evitar entrar no racionamento serão discutidos em Florianópolis. A idéia é preparar um plano que envolve redução espontânea de consumo por parte de consumidores residenciais, comerciais e industriais, e medidas de contenção no governo e na iluminação pública. De acordo com a secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff, o Sul tem dois objetivos com relação ao plano de redução no consumo de energia anunciado pelo governo: evitar racionamento e ser solidários com o Sudeste. O trabalho tem duas frentes: a da ampliação da oferta de energia, tentando antecipar toda a geração nova de curto prazo possível, e a da redução de consumo, com medidas no setor público e campanhas de conscientização, conforme aponta reportagem de Zero Hora. Na ponta da oferta, o plano é aumentar em 3,3 mil MW a produção atual da Região Sul, contabilizadas todas as pequenas centrais hidrelétricas, térmicas, usinas de biomassa, a grandes projetos como as termelétricas a gás de Araucária (PR) e da Refap, em Canoas (RS). Está incluído no cálculo o aumento da importação da energia da Argentina, que também será antecipado. Na outra ponta do fio, campanhas para redução do gasto de energia doméstico e programas públicos devem garantir uma economia imediata entre 3% e 5%. O plano de racionamento Ouça a íntegra do programa Os Gaúchos e o Rio Grande

 
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