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Os Estados Unidos promoveram nova visita guiada à prisão de Abu Ghraib, no Iraque, com o objetivo de amenizar o escândalo provocado pelas imagens de tortura de prisioneiros, mas os detentos aproveitaram a presença de jornalistas para denunciar os maus-tratos.
Foi difícil para o coronel David Quantock, comandante da 16ª Brigada da Polícia Militar, manter a atenção dos jornalistas.
– Temos um relacionamento muito bom com nossos detentos – disse ele.
Por trás de uma cerca de arame farpado, um dos prisioneiros vestia uma camiseta dizendo:
– Os prisioneiros não podem falar livremente – afirmou.
– O que vocês vão fazer a respeito desse escândalo? – dizia uma faixa mostrada por outros detentos, em pé nas "celas ao ar livre" onde dormem.
– Damos cobertores para que eles se aqueçam – disse Quantock sobre os mais de 500 presos que ficam ao relento.
Também há bunkers de concreto que servem de refúgio no caso de ataques guerrilheiros à prisão.
No mês passado, dois ataques de morteiros mataram quase 30 presos ali. Foi a segunda excursão de jornalistas à penitenciária em menos de uma semana, numa tentativa de abafar o escândalo provocado no mundo inteiro por imagens de soldados norte-americanos sorridentes diante de prisioneiros iraquianos nus e encapuzados, obrigados a ficar em posições humilhantes.
As informações são da agência Reuters.
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