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Argentina participará da Força de Paz no Haiti

Militares colaborarão com contingente brasileiro

A Argentina formalizou ao Brasil nesta segunda, dia 10, a decisão de enviar 500 homens das Forças Armadas para integrar a força de paz chefiada pelos militares brasileiros no Haiti. Prevista para ter início em 1º de junho, a missão tem como objetivo ajudar na reconstrução do país. Em março o presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristide, renunciou ao cargo forçado por uma guerra civil.

A decisão argentina foi comunicada ao ministro da Defesa, José Viegas, pelo ministro da Defesa argentino, José Pampuro. Eles começaram a discutir, em Brasília, as estratégias de ação das forças de paz que serão deslocadas para o Haiti.

– Vamos esperar as reuniões de grupos técnicos dos dois países, que amanhã começam a discutir a operação conjunta – informou Pampurro.

O ministro argentino adiantou que na semana que vem, em Buenos Aires, os ministros da Defesa do Brasil, Chile e Argentina vão se reunir para acertar novos detalhes sobre a operação. Segundo Pampuro, a idéia é que o Brasil seja o comandante da força de paz de tropas dos países sul-americanos, que poderá também ser integrada por militares do Uruguai e Paraguai.

O Brasil recebeu o convite para assumir o comando das forças de paz no Haiti do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já revelou que os militares brasileiros só pretendem assumir a missão se outras nações participarem com o envio de tropas. No total, serão enviados 1.470 soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de 500 argentinos e 500 chilenos.

A Argentina calcula em US$ 11 milhões os gastos na primeira etapa das operações. Inicialmente os argentinos pretendem permanecer seis meses no país, na primeira fase das operações, assim como os brasileiros. Além de ajudar na reconstrução, os militares estão sendo treinados para levar apoio humanitário aos haitianos.

– Uma vez que o soldado se integra a uma comunidade, a sua missão é de defesa, mas também humanitária – defendeu o ministro argentino.

Com informações da Agência Brasil.

 
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