Imagens de vídeo divulgadas em um canal de TV árabe nesta segunda, dia 24, mostraram cenas de um casamento de iraquianos na qual, segundo testemunhas, os Estados Unidos mataram cerca de 40 pessoas em um ataque aéreo. O Exército dos EUA insistiu ter destruído um abrigo de combatentes estrangeiros perto da fronteira com a Síria e negou ter encontrado qualquer sinal de que uma festa era realizada no local.

Segundo os EUA, das 40 pessoas mortas, apenas seis não eram homens. A maior parte das vítimas estava em idade de combate. As imagens, obtidas pela Associated Press Television News (APTN), mostram uma festa de casamento em uma tenda onde uma banda tocava para homens vestidos com roupas árabes tradicionais.

O microfone usado pela banda na festa era da mesma marca (Shams) daquele visto em imagens obtidas pela Reuters Television depois do ataque. Segundo um jornalista da APTN, o vídeo foi obtido junto a um sobrevivente do ataque e foi gravado em grande parte nas festividades de 18 de maio. A ação aérea ocorreu no dia 19.

As imagens mostram um tocador de órgão usando uma camiseta marrom ao lado de outros músicos. O corpo aparentemente sem vida de um homem parecido com o tecladista e usando uma camiseta da mesma cor foi tirado do local do ataque. O tecladista, em dado momento, anuncia a realização de três casamentos no local.

Uma dezena de crianças aparece nas filmagens, mas, de acordo com a tradição árabe, não há mulheres à vista. O brigadeiro-general dos EUA, Mark Kimmitt, porta-voz do Exército, negou no sábado que o ataque tivesse atingido uma festa de casamento.

– Pode ter sido algum tipo de celebração. Pessoas más também celebram. Pessoas más também fazem festas.

Mas ele afirmou não haver provas de presentes ou grandes quantidades de comida, que acompanhariam um casamento. Manuais de treinamento "terroristas'', equipamento para forjar identidades e números de telefones para país como Sudão e Afeganistão foram encontrados no local, acrescentou.

As informações são da agência Reuters.