O Exército dos Estados Unidos negou a veracidade da reportagem do jornal The Washington Post neste domingo, dia 23, que sugere que o comandante norte-americano encarregado das forças no Iraque estaria presente na prisão enquanto presos sofriam abusos da cadeia de Abu Ghraib, em Bagdá. Um advogado de um soldado acusado no escândalo disse, segundo o jornal, ter ouvido que o tenente-general Ricardo Sanchez estava na prisão durante alguns dos "interrogatórios e/ou alegações de abuso de prisioneiros''.

Mas um comunicado emitido em Bagdá informou que as informações de que Sanchez estaria "ciente, e em alguns casos presente em Abu Ghraib, enquanto ocorria o abuso de prisioneiros'' são falsas.

– Esta reportagem é falsa, e...Sanchez mantém seu testemunho diante dos comitês do congresso – acrescenta.

Segundo o jornal, o advogado militar, o capitão Robert Shuck, fez as alegações durante audiência militar em 2 de abril. Shuck defende o sargento Ivan Frederick, um dos sete soldados norte-americanos acusados de abusos na prisão. Um deles declarou-se culpado na quarta-feira e foi expulso do Exército e condenado a um ano de prisão.

De acordo com uma gravação da audiência obtida pelo Washington Post, Shuck disse que um capitão na prisão, Donald Reese, lhe informou que Sanchez sabia do que estava acontecendo.

– Você está dizendo que o capitão Reese vai testemunhar que o general Sanchez estava lá e viu isso acontecendo? – perguntou o promotor militar, de acordo com transcrição da audiência.

A audiência foi realizada no acampamento Victory, em Bagdá, disse o jornal. O Congresso dos EUA e o Pentágono estão investigando as revelações sobre abuso físico e sexual de prisioneiros iraquianos na prisão.

As informações são da agência Reuters.