A resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça, dia 8, prevendo o fim formal da ocupação do Iraque, foi recebida com frieza em Bagdá.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade o texto apresentado pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha. O documento coloca formalmente um fim à ocupação do Iraque no dia 30 de junho, quando deve tomar posse um governo provisório integrado por iraquianos. A resolução também autoriza a permanência das forças norte-americanas no país árabe.

Mas os iraquianos nas ruas de Bagdá disseram ter se sentido excluídos do processo político, realizado sob o comando dos EUA. Alguns iraquianos chegaram a afirmar que não se preocupam em acompanhar o desenrolar dos acontecimentos na ONU, que impôs sanções ao país por 13 anos depois da invasão do Kuwait, em 1990.

Declarações pessimistas também foram ouvidas na cidade sagrada de Kerbala, onde milicianos leais ao clérigo rebelde Moqtada Al Sadr desafiaram as forças norte-americanas.

Os políticos curdos, por outro lado, mostraram-se preocupados porque a resolução não prevê a autonomia das três províncias curdas do norte do Iraque, algo constante da Constituição provisória aprovada em março.

Com informações da agência Reuters.