| 27/06/2001 22h50min
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, debochou nesta quarta-feira, em Brasília, dos integrantes da CPI mista que investiga roubo de cargas no país, ao alegar que não prestaria nenhuma informação porque não queria delatar ninguém. Numa conversa anterior que teve com o presidente e o relator da comissão, senador Romeu Tuma (PFL-SP) e deputado Oscar Andrade (PFL-RR), ele se havia mostrado disposto a colaborar nas apurações sobre o roubo de caminhões e o narcotráfico. O traficante está preso desde março na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, mas ainda esta semana será transferido para uma cela de segurança máxima do Presídio da Papuda. Ele ressalvou, logo no início do depoimento, que não é mais traficante, mas, sim "ex-traficante aposentado". Irônico, com negativas cheias de sarcasmos, Beira-Mar deixou claro que não pretende colaborar com as investigações. Ele disse que não conhecia nenhuma das pessoas envolvidas no roubo de carga que foram citadas pelos deputados. Negou igualmente se lembrar da vida que levou quando morou no Paraguai. No Rio, a chefia da Divisão Anti-Seqüestro (DAS) determinou a abertura de sindicância para apurar como dois celulares entraram na carceragem da DAS, no Leblon, Zona Sul. Os aparelhos, que foram apreendidos, estavam sendo usados por integrantes da quadrilha de Beira-Mar, presos na Divisão, para se comunicar com o traficante, que está numa cela da Polícia Federal, em Brasília.
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