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Sob enorme pressão eleitoral, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, endossou nesta segunda, dia 2, a criação de um diretor nacional de inteligência, além de outras sugestões feitas pela comissão que investigou os ataques de 11 de setembro de 2001.
– Somos uma nação em perigo. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para enfrentar o perigo – disse Bush, enquanto as autoridades tomavam providências para proteger instituições financeiras em Nova York e Washington, por causa de informações de um possível ataque da Al-Qaeda.
Bush não chegou a aceitar a recomendação de que o diretor faça parte do gabinete executivo da presidência.
– Acho que poderia ser um grupo independente para coordenar melhor principalmente as questões entre a inteligência doméstica e estrangeira – disse Bush num anúncio feito no jardim da Casa Branca.
O presidente pediu ao Congresso que inclua o novo cargo na revisão de uma lei de Segurança Nacional de 1947, que instituiu a CIA e o Conselho de Segurança Nacional. Ele também propôs o estabelecimento de um centro nacional antiterrorismo, que prepararia um relatório diário sobre o assunto para o presidente e atuaria como o "banco de conhecimento'' do governo sobre terrorismo.
Inicialmente, Bush se opôs à formação da comissão bipartidária que investigou os ataques. Mas ele está sob enorme pressão política, já que é ano de eleição e seu adversário já o ultrapassa em pesquisas.
O candidato democrata John Kerry afirmou que Bush demorou muito para se decidir sobre o novo cargo. ``Eu pedi, há um ano, a criação de um diretor nacional de inteligência. Finalmente essa administração começando a pensar em fazer isso'', disse Kerry à CNN.
Kerry, que vinha exigindo a adoção imediata das recomendações da comissão, também disse acreditar que as políticas de Bush ``estão na verdade incentivando o recrutamento de terroristas''.
Alguns integrantes da administração Bush argumentaram que não havia necessidade de criar o cargo de diretor nacional de inteligência, pois a CIA já cumpre esse papel. Bush disse que optou pela criação do cargo por achar que ``era a melhor coisa a fazer''. Ele disse que o diretor deve ter autoridade para coordenar o orçamento multibilionário da inteligência dividido entre várias agências.
Segundo Bush, o grupo que investiga a ausência das armas de destruição em massa no Iraque deve analisar se o governo deve estabelecer um gabinete independente para coordenar os trabalhos antiproliferação.
A comissão que investigou os ataques concluiu que ''profundas falhas institucionais'' do governo dos EUA levaram aos ataques, que mataram quase três mil pessoas em Nova York e Washington.
As informações são da agência Reuters.
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