Uma empresa turca disse nesta terça, dia 21, que está suspendendo suas operações no Iraque para salvar 10 funcionários que foram seqüestrados no último fim de semana por um grupo de militantes iraquianos.

– Estamos suspendendo nossas atividades no Iraque. Os 10 turcos sequestrados são inocentes e vieram da Turquia com o objetivo de sustentar suas famílias e também para servir ao povo iraquiano –  informou Ali Haydar Veziroglu, da construtora Vinsan.

Em uma fita de vídeo divulgada pela rede de TV árabe Al Jazzera no sábado, dia 18, o grupo Abu Bakr al-Seddiq ameaçou matar os trabalhadores dentro de três dias se a empresa não deixasse o Iraque.  Veziroglu negou a alegação feita pelos sequestradores de que sua empresa era "turco-americana''. Desde abril, militantes sequestraram um grande número de estrangeiros no Iraque, dos quais pelo menos 26 foram mortos, incluindo três motoristas de caminhão turcos.

Além disso, a família de um refém britânico ameaçado de morte no Iraque implorou nesta terça-feira para o primeiro-ministro Tony Blair cumprir as exigências dos sequestradores e salvar a vida dele.

Kenneth Bigley, 62, é refém, junto com o norte-americano Jack Hensley, do grupo Tawhid e Jihad, liderado por Abu Musab al-Zarqawi, aliado da rede Al Qaeda. Outro norte-americano sequestrado com eles na última quinta, dia 16, Eugene Armstrong, foi decapitado e o vídeo da morte foi mostrado na Internet na segunda, dia 20.
 
O filho de Bigley, Craig, fez um apelo direto a Blair, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro, que já viu sua taxa de popularidade cair devido à participação na guerra no Iraque.

– Peço para Tony Blair considerar pessoalmente a quantidade de sangue já derramado – afirmou Craig em declaração ao canal de televisão BBC News 24.

Um porta-voz do gabinete de Blair disse que não tinha mais nada a dizer por enquanto.

 – Estamos acompanhando a situação de perto e o governo está fazendo tudo o que pode.

O secretário das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, disse à família de Bigley que o governo está fazendo o possível para libertá-lo, relatou um porta-voz nesta terça, dia 21.

Com informações da agência Reuters.