A diretora-executiva do Unicef, Carol Bellamy, afirmou nesta quarta, dia 29, que as crianças representam até um terço do total de mortos pela tsunami que atingiu o sudoeste da Ásia no último domingo. A Indonésia tem o maior número de vítimas, com 32.502 mortos registrados até agora.

Milhares de corpos ainda estão jogados na ruas e na beira das praias atingidas por ondas gigantes que mataram pelo menos 68 mil pessoas, conforme estimativas divulgadas pelos governos dos países afetados. Muitos dos que escaparam da morte enfrentam agora a luta pela sobrevivência contra a fome e as doenças. A Organização das Nações Unidas (ONU) mobilizou o que está sendo classificada como a maior operação de ajuda de sua história.

Na Indonésia o mau cheiro dos corpos em decomposição se espalha por toda a capital provincial, Banda Aceh, e os suprimentos de água potável, alimentos e combustível estão acabando. Muitos na cidade temem novos terremotos e tsunamis, e as estradas estão lotadas de pessoas se dirigindo para regiões mais altas do país.

– Não há comida aqui. Precisamos de arroz, precisamos de gasolina, precisamos de remédios. Não como há dois dias – contou Vaiti Usman, uma mulher de 30 anos que disse que o sarongue sujo que vestia era tudo o que lhe restava.

As informações são da agência Reuters.

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