| 23/01/2005 22h40min
A família do engenheiro brasileiro João José Vasconcellos Júnior, 50 anos, seqüestrado há quatro dias no norte do Iraque por radicais de um grupo ligado à Osama Bin Laden, diz confiar que o governo brasileiro e a empresa Odebrecht vão cuidar do caso com a devida atenção.
No sábado, os seqüestradores divulgaram um vídeo, exibido pela rede de televisão Al Jazeera, mostrando documentos de identificação do engenheiro e cédulas de real. Até a exibição das imagens, a Odebrecht manteve em sigilo o nome do engenheiro.
A irmã dele, Isabel Vasconcelos, diz que, ao contrário do que vem sendo noticiado, o governo brasileiro e a empresa estão empenhados na tentativa de resolver o impasse.
– Temos a certeza de que nosso irmão vai ter o tratamento que um cidadão brasileiro merece lá fora – disse Isabel em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo ela, um funcionário da empresa está em permanente contato com a esposa e os filhos de Vasconcellos. Mas em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde mora o resto da família, não há comunicação com a empresa ou o governo brasileiro.
Isabel desmentiu notícias veiculadas na imprensa brasileira de que a família estaria indo para os Estados Unidos para acompanhar negociações de libertação do brasileiro.
– Não há negociações por Miami, meu irmão é cidadão brasileiro, a empresa é brasileira. As coisas têm que ser feitas pelo governo daqui e nós esperamos isso.
Os seqüestradores não fizeram nenhum contato além do vídeo veiculado pela Al Jazeera. Vasconcellos estava retornando ao Brasil no dia do seqüestro. Ainda neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha um encontro com o Ministro das Relações Exteriores Celso Amorin, quando conversariam sobre o caso.
O Brasil não tem embaixada no Iraque desde 1991, o que dificulta a atuação no caso. O Itamaraty está em contato permanente com a Odebrecht.
Com informações são da Rádio Gaúcha.
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