| 27/01/2005 16h22min
A rede de TV árabe Al Jazeera exibiu nesta quinta, 27, uma mensagem gravada em árabe por um representante da comunidade muçulmana do Brasil. O xeque Oussama Azzahed, da mesquita da Liga da Juventude Islâmica do Brasil, de São Paulo, apela a militantes iraquianos para que libertem o engenheiro João José Vasconcelos Jr., seqüestrado na semana passada.
O pedido foi feito pelo Libanês, radicado há oito anos no Brasil. Azzahed é um muçulmano sunita – assim como parte dos radicais que têm desfechado ataques no Iraque. No apelo, ele trata Vasconcelos como um "amigo", diz que ele é engenheiro, fala da relação amistosa que o Brasil mantém com os muçulmanos, da posição do país contra a guerra e conclui citando um trecho do Corão.
O presidente da liga, Mohamad Chadid, disse à Reuters que assistiu à reprodução do vídeo no noticiário da manhã da rede de TV árabe via satélite.
– Acho que pode sensibilizar. Ninguém pode negar que essas pessoas (militantes iraquianos) têm o objetivo de libertar o país, mas no meio de uma guerra é difícil distinguir quem é soldado e quem não tem nada a ver com a guerra, disse Chadid, 36, que também é libanês e há 18 anos vive no Brasil.
A iniciativa do vídeo foi da própria entidade, que diz não ter sido procurada pela família de Vasconcelos. Chadid acredita que assim que os militantes se certificarem de que o engenheiro não tem qualquer ligação com a invasão liderada pelos EUA, eles o libertarão.
O atacante Ronaldo, do Real Madrid, já havia gravado um apelo pedindo a libertação do brasileiro. Na noite desta quinta-feira, representantes de 15 entidades muçulmanas de São Paulo se reúnem para decidir como poderão dar continuidade aos apelos. Segundo Chadid, o Brasil tem hoje cerca de um milhão de muçulmanos.
As informações são da Agência Reuters.
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