A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, afirmou nesta sexta, dia 11, que a retirada de alguns soldados sírios do Líbano estava aquém da exigência do governo norte-americano de que a saída das forças estrangeiras seja completa.

Rice também pressionou o país árabe no front político, afirmando, em uma entrevista concedida à Reuters, ter esperanças de que seja "temporário" o governo do primeiro-ministro pró-Síria reinstalado no poder depois de renunciar em meio a uma onda de protestos nos quais se exigia a saída das forças sírias do país.

A secretária de Estado recebeu com satisfação a retirada dos soldados sírios do norte do Líbano. Mas, como outros militares continuam no território libanês, Rice repetiu a exigência dos EUA de que todas as forças da Síria partam.

– Não é algo ruim o fato de as forças sírias estarem se locomovendo, mas isso tampouco significa que elas estão obedecendo à Resolução 1559 – disse, referindo-se ao texto aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU), determinando a saída dos militares sírios do Líbano.

Nesta sexta, os últimos soldados sírios estacionados no norte libanês regressaram para casa, em um sinal de que o governo da Síria vem diminuindo sua presença no país vizinho. Não se sabe exatamente quantos militares sírios deixaram o território libanês até agora. Rice ainda afirmou ter esperanças de que o enviado da ONU à região, Terje Roed-Larsen, que deve se reunir com o presidente da Síria, Bashar Al Assad, no sábado, consiga mais detalhes sobre "a disposição do país árabe em cumprir a Resolução 1559".

No Líbano, porém, as opiniões estão divididas e nesta sexta o país mergulhou em uma crise que ameaça as eleições previstas para maio. Em Beirute, a oposição deu indícios de que rechaçará um apelo feito pelo primeiro-ministro Omar Karami, de volta ao cargo, para que seja criado um governo de unidade nacional. O potencial impasse pode levar ao adiamento do pleito.

As informações são da agência Reuters.