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 | 31/03/2005 13h45min

Oposição libanesa acusa Síria de sabotar eleições

Políticos insistem na formação de um governo, mesmo sem coalisão

Líderes da oposição libanesa acusaram nesta quinta, dia 31, a Síria e seus aliados no Líbano de tentar bloquear as eleições previstas para maio a fim de evitar uma derrota que os afastaria do poder. Os líderes da oposição, fortalecidos pelas manifestações anti-Síria iniciadas depois do assassinato, em 14 de fevereiro, do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri, reuniram-se para discutir a atual crise no governo.

– A autoridade sírio-libanesa da área de segurança, junto de seus símbolos políticos e constitucionais, trabalha para sabotar as eleições parlamentares em uma tentativa perigosa de prorrogar o mandato do atual Parlamento, de forma ilegal e inconstitucional – afirmou a frente de oposição em um comunicado.

No documento, os oposicionistas voltaram a exigir que um novo governo seja formado com ministros que não participarão das eleições.

– Todos deveriam honrar suas responsabilidades históricas e realizar as eleições sem nenhum atraso – afirmou o comunicado.

O primeiro-ministro em exercício, Omar Karami, um aliado da Síria, disse que renunciaria na sexta por não ter conseguido convencer a oposição a formar um governo de unidade nacional. O assassinato de Hariri, atribuído por líderes da oposição à Síria ou a aliados dela dentro dos serviços de segurança libaneses, detonou grandes protestos de rua e aumentou a pressão para que o governo sírio retire seus soldados do Líbano.

Três bombas atingiram áreas cristãs de Beirute (capital) ou do entorno da cidade desde o assassinato de ex-premiê, alimentando temores entre os libaneses, envolvidos até 1990 em uma longa guerra civil. Sob pressão internacional e interna, a Síria começou a retirar seus soldados e agentes de inteligência do Líbano no dia 8 de março.

Nesta semana, o governo sírio prometeu à Organização das Nações Unidas (ONU) colocar fim a sua presença militar no Líbano, iniciada 29 anos atrás. Mas parece improvável que um novo primeiro-ministro seja nomeado, um governo seja formado e uma lei eleitoral seja aprovada a tempo de as eleições parlamentares se realizarem na data prevista.

As informações são da agência Reuters.

 
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