| 23/04/2005 14h50min
Representantes da cadeia produtiva do arroz do Brasil, do Uruguai e da Argentina deverão reunir-se nos próximos dias para estabelecer a busca de uma solução negociada para a crise do setor. Hoje o arroz brasileiro é comercializado muito abaixo do custo de produção, com prejuízos estimados em mais de R$ 1 bilhão somente no Rio Grande do Sul, por causa do ingresso indiscriminado de excedentes arrozeiros do Mercosul.
O esforço de uma negociação tem remotas chances de evoluir. Os arrozeiros brasileiros não acreditam que os uruguaios e argentinos tenham interesse de estabelecer cotas de exportação para o Brasil na ordem de 200 a 250 mil toneladas do grão, base casca. Isso representaria uma sobra de produto superior a 1 milhão de toneladas nos dois países, que precisariam encontrar mercado.
Em março a importação de arroz do Mercosul pelo Brasil bateu o recorde de 80 mil toneladas de arroz, base casca. Nesse ritmo mais de 150 mil toneladas devem entrar no país até que o setor se encontre para definir regras.
Conforme o Planeta Arroz, estimativa da Conab revela que o Brasil não precisaria importar nenhum grão de arroz este ano, pois há sobras do produto para garantir o abastecimento interno.
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