| 28/04/2005 20h58min
A CIA não poderá mais manter presos sem registro em prisões militares norte-americanas como a de Abu Ghraib, no Iraque, informou nesta quinta, dia 28, o subsecretário de Defesa para Inteligência dos Estados Unidos, Stephen Cambone.
Ele garantiu ao Senado que as novas regras provisórias sobre interrogatórios militares eliminam a prática adotada pela CIA em Abu Ghraib de esconder detentos e submetê-los a métodos de interrogatórios em separado que, segundo críticos, são mais agressivos do que os usados pelos militares.
Os investigadores do Exército, os primeiros a revelarem que a CIA escondia dezenas de presos em Abu Ghraib, disseram que essas práticas da agência levaram aos abusos, à impunidade e ao clima pesado na tristemente famosa instalação iraquiana. Um preso da CIA, Manadel Al Jamadi, morreu em Abu Ghraib em 4 de novembro de 2003, quando era mantido algemado em um banheiro da prisão.
A CIA, que não comentou a audiência do Senado, também é criticada pela demora na sua investigação interna sobre os abusos. As torturas a presos no Iraque e no Afeganistão, que resultaram na morte de mais de 20 deles, estão sendo tratadas em cerca de dez sindicâncias, segundo as autoridades. Mas casos envolvendo presos da CIA foram examinados apenas pelo inspetor-geral da agência.
As informações são da agência Reuters.
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