| 02/05/2005 12h29min
Aproximadamente 50 produtores rurais da fronteira oeste do Rio Grande do Sul bloqueiam o acesso de caminhões com arroz e trigo ao Brasil pelo Porto do Rio Uruguai. O protesto, iniciado na última sexta e interrompido no final de semana pela falta de movimento, foi retomado na manhã desta segunda, dia 2. A previsão é de que outros 250 arrozeiros cheguem nas próximas horas.
Os manifestantes, que já barraram cerca de 20 caminhões vindos do Uruguai e da Argentina, reivindicam, aos governos estadual e federal, melhores condições financeiras de produção. Atualmente, os gaúchos recebem entre R$ 20 e R$ 22 pela saca de 50 quilos, enquanto o custo para produzir é de R$ 30. Já os produtos uruguaios chegam ao país por menos de R$ 20. Conforme o diretor da Brasoja e vice-presidente da Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Antônio Sartori, uma equiparação de custos só seria possível se os produtores nacionais enfrentassem mesma tributação e legislação que os vizinhos do Mercosul.
Na tarde desta segunda, os arrozeiros tentam garantir liminar na Justiça Federal que impeça a importação do produto até que sejam realizados exames sanitários. Os produtores de Bagé e de Dom Pedrito, por sua vez, que no final de semana encerraram bloqueio na BR-153, em Aceguá, na zona sul do Estado, desistiram de apoiar os de Itaqui. O motivo é a possibilidade de novas manifestações. Em assembléia nesta tarde, podem decidir por protestos em Quaraí e Jaguarão.
Dados recentes, informam que os brasileiros consomem, por ano, 12,7 milhões de toneladas de arroz. Além de ser auto-suficiente, o país produz excedente de 100 mil toneladas. Metade sai do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o produto é importado da Argentina e, principalmente, do Uruguai, em função de acordos do Mercosul.
As informações são da Rádio Gaúcha.
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