| 02/05/2005 15h19min
A população brasileira já pode sentir no bolso o novo valor do salário mínimo que passou de R$ 260 para R$ 300 nesse domingo, dia 1º. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), o reajuste representa um ganho real de 8,8% ao trabalhador, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor e inflação estimada em 0,4% para abril.
A previsão é de que em seis capitais brasileiras – Fortaleza, Recife, Salvador, João Pessoa, Aracajú e Natal –, das 16 pesquisadas pelo Dieese, os trabalhadores já possam comprar duas cestas básicas com o novo valor. A estimativa é baseada no preço dos produtos no mês de março deste ano. Antes do reajuste, só era possível comprar duas cestas básicas, com um salário mínimo, em Fortaleza.
O aumento do valor deve injetar R$ 13,3 bilhões na economia e ampliar a arrecadação tributária em mais de R$ 3 bilhões. Segundo cálculos do Dieese, o reajuste implicará em um gasto adicional de R$ 5,2 bilhões da Previdência Social para o ano de 2005, equivalentes a R$ 653 milhões por mês com o pagamento dos benefícios de aposentados e pensionistas que ganham até um salário.
Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2003, 22 milhões de trabalhadores ocupados ganhavam até um salário mínimo, o que corresponde a 31,9% dos 69 milhões de ocupados do país. No Brasil, o salário mínimo foi instituído em 1º de maio de 1940, passou a vigorar em 1º de julho do mesmo ano e correspondia a R$ 901,78, corrigido para valores atuais. De acordo com o Dieese, em março de 2005, o salário mínimo ideal seria de R$ 1.477,49, valor capaz de atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, conforme prevê a Constituição. A família considerada é de dois adultos e duas crianças.
As informações são da Agência Brasil.
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