Quando o árbitro autorizar o início da decisão da Copa Libertadores na noite desta quinta, o ex-técnico Telê Santana estará em frente à televisão, em Belo Horizonte, torcendo para que o São Paulo supere o Atlético-PR e conquiste o tricampeonato da competição. Afastado da profissão por motivos de saúde, Telê foi o maestro do time do São Paulo bicampeão da Libertadores e do Mundial, em 1992 e 1993.

Segundo Ivonete, esposa do treinador, Telê tem acompanhado a campanha do tricolor paulista na competição em companhia do filho René Santana, que escolheu a mesma profissão do pai.

– Ele tem torcido muito pelo São Paulo e acompanha os jogos  sempre que pode – diz Ivonete, lembrando do carinho que seu marido nutre pelo clube paulista.

Foi no São Paulo que Telê conseguiu se livrar da fama de “pé frio” que o acompanhou em boa parte de sua trajetória. Telê foi o treinador da Seleção Brasileira de 1982, que apesar do futebol envolvente e ofensivo, fracassou na Copa do Mundo da Espanha. Quatro anos mais tarde, outro fracasso no México manchou a carreira do treinador, que só conseguiu se livrar da fama de azarado com as conquistas do bicampeonato paulista, do bi da Libertadores e do bi Mundial, em 1992 e 1993, à frente do São Paulo.

Telê trabalhou no tricolor paulista até 1996, quando foi obrigado a se afastar do futebol devido a uma isquemia cerebral. No final de 2003, o ex-técnico foi submetido a uma cirurgia de revascularização na perna esquerda, mas acabou tendo que amputar parte da perna. De acordo com Ivonete, o estado de saúde de Telê é estável, monitorado com a realização de exames médicos mensais.