| 13/08/2005 13h40min
Os supostos terroristas suicidas que cometeram os atentados de 7 de julho em Londres não guardam nenhum vínculo com os supostos autores dos ataques fracassados de duas semanas depois contra a capital, informou neste sábado o The Independent.
As conclusões preliminares da maior investigação antiterrorista no Reino Unido apontam que as duas células operaram separadamente e que não houve nenhum cérebro da Al-Qaeda que organizasse as duas ofensivas. Aparentemente os dois pequenos grupos terroristas que atentaram contra o transporte público em ataques muito similares eram "auto-suficientes", segundo fontes oficiais consultadas por esse jornal.
As bombas contra três estações de metrô e um ônibus urbano que explodiram em 7 de julho causaram 56 mortes, incluindo os quatro supostos terroristas, e deixaram 700 feridos. O segundo ataque contra o mesmo número de alvos terminou sem vítimas porque só os detonadores explodiram. Os investigadores acham agora que os autores de 21-J atuaram por "imitação" do 7-7.
O fato de ambos os atentados não estarem vinculados inquieta a polícia, porque eleva a probabilidade de existirem unidades similares no Reino Unido, totalmente desconhecidas e dispostas a atentar contra o país.
– É preocupante que nenhum dos supostos terroristas dos atentados de julho tenha sido detectado antes pelos serviços de inteligência porque seguramente, há outros dos quais não se sabe – diz o jornal.
Os investigadores consideram que no caso de 7-7 o cérebro da ofensiva foi Mohammad Sidique Khan, de 30 anos, o mais velho dos quatro supostos autores materiais do massacre. As investigações apontam além disso para que os quatro, todos eles britânicos e três de origem paquistanesa, não tenham nunca feito parte de células da rede Al-Qaeda.
As informações são a agência EFE.
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