O porta-voz oficial grego, Theodoros Roussopoulos, descartou a hipótese de que o avião do Chipre, que caiu neste domingo perto de Atenas, matando seus 121 ocupantes, tenha sido seqüestrado ou derrubado por caças gregos.

Depois de mais de três horas de reunião presidida pelo chefe do Governo grego, Costas Caramanlis, o porta-voz declarou que não há indícios de seqüestro e negou que o mesmo tenha sido abatido por caças da Força Aérea grega. De acordo com o porta-voz, já foram localizadas as duas caixas-pretas do avião.

O governo grego entende ter agido de acordo com os procedimentos internacionais estabelecidos em caso de um avião entrar no espaço aéreo de um país e não responder às chamadas da torre de controle ou da Força Aérea. Seguindo o procedimento, o Ministério da Defesa grego ordenou a decolagem de dois caças F-16 para se aproximar do avião cipriota, já que não respondia aos avisos que lhe eram feitos da terra. Quando os pilotos  se aproximaram do aparelho, viram o copiloto desmaiado ou morto na cabine, as máscaras de oxigênio ativadas, e comprovaram que o comandante não se encontrava em seu posto.

Imediatamente, disse Roussopoulos, elevou-se o alarme de "Renegade suspect" a "Renegade", que indica que há um avião no ar fora de controle e áreas habitadas se encontram em perigo. Naquele momento, o Boeing 737 da Helios estava havia mais de 40 minutos voando em círculos sobre as ilhas gregas de Kithnos e Zia, próximas de Atenas, e acabou se dirigiu a Atenas, escoltado pelos caças.

Nos últimos momentos do vôo, os pilotos dos F-16 gregos constataram que duas pessoas sem uniforme se encontravam na cabine e tentavam assumir o comando do avião, sem resultado. O aparelho caiu há cinco milhas do aeroporto internacional de Atenas e a meio quilômetro de uma área habitada. Há indicações de que o boeing tenha sofrido um problema no sistema de pressão ou de refrigeração.

As informações são da Agência EFE.