| 02/09/2008 10h45min
Em entrevista à emissora Veo Television, sobre a transferência do atacante Robinho para o Manchester City, por 42 milhões de euros, fechada ontem à noite, o presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, disse que foi o melhor para ele e para o clube, mas disparou críticas ao jogador.
— Vendemos Robinho por razões de índole humana. O fato que ele tenha aceitado a oferta do Manchester City demonstra que não está saindo do Real por razões esportivas. Receberemos este valor e no fundo é a melhor coisa, seja para nós como para o jogador. Também o nosso técnico Schuster entendeu que foi melhor assim, e se tratou de uma decisão consensual — disse Calderón.
O presidente garante que o Real não precisava do dinheiro, "porque vender jogadores não é nosso objetivo", e destacou:
— Robinho é um garoto fantástico, mas muito mal orientado.
As relações entre o clube e Robinho pioraram após o atacante ver sua participação na Olimpíada de Pequim
negada poucos dias antes do início da competição.
Além disso, a recusa em renovar seu contrato e a insistência em contratar Cristiano Ronaldo, do Manchester United, são fatores que teriam levado Robinho a se sentir pouco valorizado na Espanha.
— Schuster acreditou até o fim que poderia fazê-lo mudar de idéia, mas não foi assim. Cada vez que eu tentei falar com Robinho, ele se mostrava muito triste e depois começava a chorar pedindo para deixá-lo ir embora da Espanha — lembra Calderón.
No Manchester City, Robinho deve receber 6 milhões de euros (R$ 14,3 milhões) por temporada, contra os 1,7 milhões (R$ 4 milhões) que recebia no Real Madrid, e irá jogar ao lado de dois brasileiros: o meia Elano, que conhece dos tempos de Santos, e atacante Jô, ex-Corinthians. O clube inglês, que recentemente foi comprado pelo consórcio "Abu Dhabi United Group", dos Emirados Árabes, por 220 milhões de libras (mais de R$ 650 milhões), segundo a imprensa local, é uma equipe do segundo escalão do futebol do país e terminou o último
campeonato na modesta 14º
posição.
"Cada vez que eu tentei falar com Robinho, ele começava a chorar pedindo para deixá-lo ir embora da Espanha", disse Calderón
Foto:
Gustavo Cuevas, EFE
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