| 11/11/2005 15h27min
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), contestou hoje o número de assinaturas no requerimento que prorroga os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios. Segundo ele, pelo menos dois parlamentares que constam no documento pediram para que seus nomes fossem retirados, mas não teriam sido atendidos pela oposição. Chinaglia já esteve no gabinete do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, e na secretaria-geral do Senado para pedir uma verificação nas assinaturas.
– Há dois erros, duas retiradas que estão comprovadas e que constam no requerimento como apoiando. Estamos explicando isso aos responsáveis e a decisão cabe aos presidentes das duas Casas – disse Chinaglia.
A movimentação do governista já gerou queixas da oposição. O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), acusou o governo de estar pressionando o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, para que seja feita uma recontagem das assinaturas do requerimento para a prorrogação dos trabalhos da CPI dos Correios.
– Nós entregamos as nossas assinaturas à meia-noite e eles entregaram as deles (para retirar). O resultado do jogo tem de ser respeitado. Eles têm de entender que isso é democracia – afirmou o pefelista.
Chinaglia afirmou que está disposto a brigar até que a verdade surja. O líder do governo negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha se envolvido nos trabalhos para retirada de assinaturas, como afirma a oposição. Para o governista é "público e notório" que se trata de uma disputa política e que a estratégia da oposição é desgastar o governo em 2006. Ele está propondo que a CPI seja prorrogada até o fim do ano para que os trabalhos sejam concluídos.
Depois do encontro com Chinaglia, Aldo Rebelo disse que não pode mediar disputas entre governo e oposição.
Na madrugada, a oposição conseguiu uma vitória na ao garantir as 171 assinaturas de deputados necessárias para o requerimento de prorrogação. O governo
conseguiu retirar 64, mas os oposicionistas
apresentaram outras 19 assinaturas e com isso garantiram a prorrogação, porém sem uma margem de sobra.
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