O xeque Ahmad, meio-irmão de Osama bin Laden, declarou nesta terça-feira, 19 de março, à rede de TV americana CNN que a sua família tem informações de que o terrorista saudita está vivo e não tem uma doença renal que necessite de diálise (terapia para pacientes renais).

Ahmad, que não quis revelar o sobrenome, ainda declarou que seu meio-irmão não tem ligações com os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Bin Laden e Ahmad são filhos da mesma mãe e de pais diferentes. Segundo o xeque, sua mãe recebeu a notícia de que Bin Laden estaria bem por meio de uma ligação telefônica. Ahmad, porém, não revelou o autor do telefonema.

O xeque Ahmad afirmou que visitou várias vezes seu meio-irmão no Sudão e, no ano passado, no Afeganistão. Disse também que ficou "muito preocupado" com Bin Laden depois que os EUA anunciaram a caçada ao líder da rede Al-Qaeda. Questionado sobre os atentados de 11 de setembro contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, o xeque afirmou que por "nenhuma razão" era possível que seu meio-irmão estivesse envolvido no ataque.

Ahmad declarou que viu Bin Laden pela última vez em janeiro do ano passado com sua mãe, durante o aniversário de um dos irmãos. Nessa ocasião, Bin Laden teria dito que as informações de que precisava de diálise eram falsas.

De acordo com a CNN, Ahmad conhece Bin Laden melhor que o restante da família, que o deserdou oficialmente em meados dos anos 90, depois de o terrorista ter denunciado a família real saudita por sua colaboração com os EUA contra o Iraque durante a Guerra do Golfo, em 1991.