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Os preços internacionais do petróleo poderão aumentar depois da volta de Hugo Chávez à presidência da Venezuela. O medo da Organização dos Países Exportadores do Petróleo (Opep) era de que, sem Chávez, estrito seguidor das políticas do grupo, a Venezuela extrapolasse as cotas de produção estabelecidas pelo cartel, inundando o mercado com o produto e forçando a baixa do preço.
Até ser deflagrada a crise da Venezuela nas duas últimas semanas, a alta das cotações de petróleo foi motivada pelo acirramento da crise no Oriente Médio. No Brasil, o movimento resultou em novo aumento dos combustíveis, o terceiro em menos de dois meses e que entrou em vigor no dia 6. O governo ainda vai analisar a queda das cotações externas para decidir sobre um recuo nos preços dos combustíveis por aqui.
A Petrobras instituiu um novo sistema, que só permite mudanças nos preços com intervalos mínimos de 15 dias. Mas já admitiu rever esse sistema. A diretoria da Petrobras vai se reunir na quinta-feira e um dos assuntos em pauta é o preço dos combustíveis. Os mercados de negociação de petróleo sofreram quedas abruptas na sessão de sexta-feira, após os militares venezuelanos informarem que Chávez estava detido e havia renunciado ao cargo, diante de manifestações nas ruas que acabaram em derramamento de sangue na véspera.
As notícias resultaram em uma queda de US$ 1,52 no pregrão do petróleo cru para entrega em maio, que fechou cotado a US$ 23,47 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York. Em Londres, o petróleo cru do tipo Brent do Mar do Norte perdeu US$ 0,75, fechando a US$ 24,29 o barril.
As exportações de óleo cru e produtos refinados da petrolífera estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) retornaram à normalidade neste domingo, segundo fontes da indústria. Chávez assegurou que manterá a estatal em seu nível mais alto de eficiência e eficácia. A Venezuela tem na produção de petróleo sua principal atividade econômica. É o quarto exportador de petróleo do mundo e um dos principais fornecedores para os Estados Unidos. A PDVSA, avaliada em US$ 150 bilhões, é a maior da América Latina e uma das 10 maiores empresas do mundo.
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