| 18/04/2002 22h14min
– É um inferno e não é exagerado chamar isto de massacre.
O comentário foi feito nesta quinta-feira, dia 18, pelo diretor da Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (Anrwa, sigla em inglês), Peter Hansen, durante uma visita ao campo de refugiados palestinos de Jenin, na Cisjordânia, onde vivem 14 mil pessoas. Segundo ele, alguns palestinos, cujas casas foram destruídas, estão em total estado de comoção.
Para o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, que também esteve em Jenin, o cenário é de um "horror inacreditável". Roed-Larsen acusou o exército israelense de usar métodos moralmente repugnantes durante a ofensiva contra o campo de refugiados de Jenin. Ele exigiu o acesso imediato a organizações de ajuda e à ONU para que possam desenvolver uma "grande operação humanitária".
Danny Ayalon, conselheiro-chefe de política exterior do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmou que Israel "compartilha as preocupações humanitárias" da comunidade internacional e já permitiu que alguns grupos de ajuda operem no campo. Segundo ele, as tropas se retirarão "em breve".
Nesta quinta, palestinos residentes em Jenin encontraram cinco sobreviventes sob os escombros do destruído. Testemunhas disseram também ter ouvido outras pessoas chorando e pedindo por ajuda.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.