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Quase em silêncio, sob a marcação do surdo de um bloco carnavalesco, cerca de 400 pessoas vestiram preto e participaram de uma caminhada na manhã deste domingo, 16 de junho, em protesto à morte do repórter Tim Lopes, quando fazia uma reportagem sobre o narcotráfico na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio.
A caminhada percorreu a orla das praias do Leblon e de Ipanema e terminou com um ato na praia do Arpoador. A maior parte dos presentes era de jornalistas e amigos de Lopes. A caminhada foi organizada pelo grupo de corredores Expresso das Seis, do qual ele fazia parte. Muitas manifestações pediam o fim do domínio do narcotráfico nas favelas do Rio.
Duas semanas após o desaparecimento do jornalista, a polícia ainda não achou seu corpo nem prendeu o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, apontado como mandante do crime. No sábado, cerca de 20 grafiteiros pintaram um mural no Morro do Cantagalo em homenagem a Lopes. Com 30 metros de comprimento, o painel, que fica na parte externa do Espaço Criança Esperança, é a primeira homenagem feita ao jornalista numa favela.
A polícia prendeu sábado mais dois suspeitos de integrar a quadrilha de Elias Maluco. André Luis da Silva, de 26 anos, e um menor, de 17 anos, foram detidos durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) na favela de Manguinhos, em Bonsucesso, na zona norte do Rio. No domingo, traficantes em fuga deixaram no Morro da Querosene, na Ilha do Governador, 11 bombas artesanais, muitos "sacolés" e outros materiais usados para embalar drogas e pedaços de papéis escritos com números e mensagens como "cocaína 100% pura".
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